Brasil tropeça em estratégia uruguaia e encerra ano sob pressão e vaias
- Fato Zero Notícias
- 20 de nov. de 2024
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Atualizado: 25 de nov. de 2024
As vaias que ecoaram na Fonte Nova ao apito final deixaram evidente a insatisfação dos torcedores com a Seleção Brasileira, que encerrou 2024 longe das expectativas. O empate contra o Uruguai expôs dificuldades em superar uma defesa organizada e trouxe à tona problemas de ansiedade e desorganização tática no momento de Dorival Júnior.
A preparação da Seleção foi baseada na expectativa de enfrentar a marcação tradicional individual Uruguaia, mas a Celeste surpreendeu ao adotar uma defesa por zona, congestionando os espaços e limitando as ações experimentais do Brasil. O resultado foi um jogo com muito volume de posse, mas poucas chances claras.

Primeiro tempo: volume sem efetividade
Dorival ajustou o tempo para aproveitar a mobilidade do quarteto ofensivo e gerar alternativas de passe para Bruno Guimarães e Gabriel Magalhães, que tiveram papel ativo na construção das jogadas. Igor Jesus e Raphinha se recuperaram para auxiliar na circulação de bola, o que rendeu a primeira oportunidade em um passe de Raphinha para Vini Jr., desarmado na entrada da área.
Gabriel Magalhães buscou abrir espaços com condutas até a adversária e inversões de jogo, explorando uma diagonal para Savinho, que levou vantagem sobre Saracchi, mas encontrou dificuldades com a cobertura defensiva. Apesar da transferência pelas laterais e bolas longas de Bruno Guimarães, a Seleção não conseguiu desmontar a primeira linha uruguaia.
Defensivamente, o Brasil mostrou fragilidade nas laterais, especialmente no lado direito, onde Pellistri gerou sustos, embora falhas nas decisões finais tenham poupado a equipe de maior perigo.

Segundo tempo: desorganização e individualismo
A Seleção retornou sem alterações estruturais, mas o Uruguai assumiu postura mais precoce. Foi em uma jogada insistente pela lateral direita que a Celeste abriu o placar, com Valverde aproveitando a falta de agressividade na marcação brasileira para acertar um chute preciso no canto de Ederson.
Dorival reagiu rapidamente, lançando Martinelli e Luiz Henrique nas vagas de Abner e Igor Jesus. Uma tentativa de aumentar a pressão surtiu efeito momentâneo, com Gerson marcando um golaço apenas quatro minutos depois. Contudo, a partir daí, o Brasil voltou a esbarrar na defesa Uruguai e mostrou sinais de individualismo e desorganização, com a maioria das restrições restritas a rampas de distância média.
Encerramento amargo e desafios pela frente
O empate deixou uma impressão negativa e reforçou a pressão para os próximos compromissos da Seleção. Em março, o Brasil enfrentará dois duelos complicados: contra a Colômbia, em casa, e a Argentina, fora.
A temporada termina com um alerta claro: ajustar a organização tática e superar as adversidades psicológicas será essencial para reconquistar a confiança da torcida e alcançar resultados mais consistentes em 2025.
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